Quinta À noite
À noite, no ônibus, pagando a trocadora, faltam dez centavos. Olho a moreninha gata ao lado, a loira no banco de trás, e, sem pensar duas vezes, uso o bigorrilho-opener: "me arruma dez centavos emprestado para pagar essa trocadora, por favor. Outra hora te pago", disse, rindo. Ela, calma e simpaticamente, tirou o dinheiro da bolsa e me deu. Eu paguei a trocadora e disse a ela:" por que vc foi legal, vou te fazer companhia na viagem", e ela assentiu, rindo. Dali, conversamos relaxadamente e logo a seguir passei a assumir rapport, e conversamos como bons amigos. Falamos de tudo, de namoro, paixão, música, nights, besteiras... peguei o msn close (essa é invenção do Alucard) e fui para meu compromisso.
Em casa, desmarquei com o Edu a zerozero, que estaria bombando, mas no dia seguinte seria de branco e eu estava cansado. Acabei indo com Alucard, Juggler e Artista no carro deste último para o BG. Lá, encontramos Poético e Enigmático, e mais o Milord e Arnold. Eu estava "in fire", como diz o Zero. Vários approachs seguindo a porra da minha bússola. COmentei desta filosofia para o Juggler.
A interação mais interessante foi uma loira que avistei de longe e para quem minha bússola apontou diretamente. Ela era o norte. Comentei com o Juggler: "está acontecendo, a minha bússola está apontando para aquele norte e tenho que ir lá". Acredito que todo o universo conspira a favor de meu desejo, por isso tudo deu certo. O grupo era enorme e eu me perguntava como faria um indirect approach ali, já que o direct era improvável. O destino me ajudou, pois no grupo estava meu instrutor de vôo livre, que não via há tempos, e papeei com ele por um bom tempo. Fiquei sabendo que minha loira estava disponível. Fair play. Dele, emendei para a amiga ao lado, uma goiana simpática. Fiz perguntas abertas sobre aventuras, loucuras bizarras. Sempre pensando em que tudo em que ela estava pensando era no que eu pensava dela, um frame transformador. Está valendo a pena relimpar o assoalho, seu Miaggy.
Enfim, de uma amiga à outra envolvi o grupo todo e cheguei à minha amiga dileta, a loira, que se chamava Deka e era psicóloga como eu (olha o destino de novo). Percebi que o que me fizera ganhar o grupo e estar, agora, no centro das atenções dela, era o combustível do meu desejo e atração. O desejo é o que impulsiona tudo, é o que move e é a energia que, potencializada e ampliada, é capaz de gerar atração nela, por contágio.
Não dava atenção direta a ela (alguma coisa o Mystery tem de bom... Alucard se morde por dentro...hahah), que me perguntou: "ei, de onde vc surgiu?" Eu respondi, meu amigo me trouxe até aqui, mas pode deixar que no seu quadrado eu não vou pisar, só se você autorizar, tripudiei, brincando, para quebrar a sua pose. Ela riu e se desarmou. O papo durou um tempo e eu peguei o fone da amiga dela, para, quem sabe, continuar o flerte outra hora. Elas se despediram e foram para a zerozero.
Quando somos fiéis ao norte que a bússola aponta, esse desejo se torna nosso mestre nos artifícios do amor. Desenvolvemos, à medida em que somos fiéis à lei de cada instante, uma inteligência da conquista, uma engenhosidade, criatividade e inventividade, e somos capazes de tudo para ter quem, de fato, desejamos. Penso que esta fidelidade ao desejo, mais uma personalidade forte e algo magnética e algumas virtudes pessoais incomuns são o segredo da fama de grandes conquistadores como Casanova.
Houve outros approachs, înstantâneos, todos movidos pela bússola do desejo, alguns com desfechos mais ou menos engraçados. Logo que cheguei no BG, abordei uma menina parada, questionando por que ela estava daquele jeito, num lugar todo animado. Ela esperava a amiga. Outra estava bloqueada pela mãe e tia, e a mãe era o ser mais anti-social do planeta. Outra era uma morena gata do panfleto, com quem rolou um gostoso flerte, e a menina que vendia amendoim, amiga dela, tentava me "amogar" dizendo que ela tinha namorado e não podia namorar. Garotinha chata dos infernos! Houve a menina que abordei com o Milord, o grupo de quatro, que era a "quem" sem nome, mas que papeei por algum tempo.
Enfim, foram vários approachs, e ainda deu tempo de ver o Artista closear com uma mulata e estar cada vez melhor no jogo, ver o Alucard parado, O Juggler reflexivo, o Poeta engraçado, o Enigma alucinado, o Milord cavaleiro alado. Voltamos, eu feliz e sonolento da vida, a tempo de repousar nos braços da minha doce Vênus.
"R"ap - "Ela está mais preocupada com o que penso dela" : 9 de 25
Sexta
De manhã, abordei a moreninha que corria, atlética, apressada, e comentei isso para ela. "estou atrasada", explicou. Engraçado como as pessoas dão satisfação para estranhos, quando estes são convincentes e entram no seu espaço pessoal para fazer um comentário sobre elas. De fato, elas estão pensando no que pensamos sobre elas.
De tarde, na hora da aula inaugural de forró, adorei a aula e me apaixonei pela professora e por uma esguia aluna morena, de cabelos pretos e vestido negro, estilo meio tailandês. Aproveitei o pretexto para escolhê-la como par e conhecer o máximo sobre ela, onde trabalhava, sua história na dança, um papo agradável. Minha bússola enlouqueceu nessa curta aula de forró e salsa. Para quem não sabe, também tenho aulas de samba, soltinho e bolero e pretendo morrer dançando... com uma bela mulher!
Na volta, falei com uma gaja no elevador do serviço, puxando um assunto sobre a sexta-feira, como estava a animação, papo fácil. ELa interagiu gostoso. Despedimo-nos e nos veremos novamente.
Fim da tarde, uma oportunidade. A menina que perdeu a carteira no táxi e eu tinha guardado apareceu aqui para pegá-la, e ela era uma russa com descendentes alemães e mora no Rio há 3 meses por estar fazendo mestrado internacional. Fiz ela subir até meu andar e ficamos conversando um tempão em inglês, até ganharmos conforto e um pouco de atração naqueles olhos azuis lindos, enormes. Combinamos um quase encontro com as palavras mágicas Samba, Forró, Salsa, Cerveja, Festa e Diversão, minhas especialidades. Outros papos que rolaram foram as atividades de mountainclimbing, paraglinding, trekking e outras maravilhas dessa Cidade que amo!!! ME apaixonei...rs
Esse negócio de que a mulher não está pensando em nada a não ser no que penso DELA é a mais absoluta verdade. As mulheres são seres narcisistas. Na verdade, todos somos. Está todo mundo preocupado não com os outros, mas com o que os outros pensam de si. É muito louco, mas é a mais pura verdade. Somos todos narcisistas, auto-centrados. Relaxar é sair umm pouco desse centro que sou eu, meu ego, e olhar para a mulher.
Relaxar percebendo que ela não está particularmente interessada em minha reação, mas em ser agradada, em ser elogiada, em sei lá o que. Assim, posso ser eu mesmo e estar totalmente fluindo na interação, porque, fale o que eu falar, seus pensamentos estão absortos no que eu penso dela, e não em mim... RELAX!
Hoje, Feijão faz aniversário. Parabéns, amigo! E tem um encontro de PUAs do CLube Alpha na Lapa.
E amanhã a night promete. O amigo Matt tá na área, a galera tá IN FIRE... vamos zoar essa porra toda... e tô começando a fluir no Relax do Gun...
"R"ap - "Tudo em que ela está pensando é no que eu penso dela." : 13 de 25 approachs
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