Memórias de um empreendedor preguiçoso

Este post surge com o objetivo de ser testemunha de meu crescimento como empreendedor. Não qualquer empreendedor. Meu objetivo não é ficar rico nem deixar de trabalhar. Nem mesmo abrir uma empresa. É, simplesmente, financiar o estilo de vida de meus sonhos, de forma sustentável, por toda a vida.

Tudo começou quando passei as férias da semana santa do ano passado na companhia de um amigo de 18 anos que acabara de se demitir de um promissor emprego como gerente de marketing para montar seu próprio site de negócios na internet.

Enquanto eu gastava 4 a 6 horas por noite, no quarto do hotel, para dar aulas online e garantir uma renda extra, ele pegava o laptop e, em uma hora, checava os pedidos dos clientes, verificara se o pagamento havia sido feito em sua conta bancária e autorizava, então,  a entrega do produto, um ebook distribuído pela internet.

Eu me sentia um bobo, trabalhando 5 horas por dia para ganhar o mesmo que ele. Na verdade, ele estava sendo 5 x mais produtivo que eu. Conversando com ele, descobri que ele lera o livro “Trabalhe 4 horas por semana ou menos e fique rico, do Tim Ferris, e isso fora uma bomba atômica em sua mente.

Uns 4 meses depois, consegui começar a ler o livro, que parecia um canto das sereias, mostrando ser possível concretizar tudo o que eu sempre sonhara: ter o estilo de vida de um milionário, sem necessariamente ser um, nem ser um workaholic.

Eu sempre me perguntara como ser tantos eus em um só, sem me clonar. E dizia que era necessário um “eu” para ler, outro para praticar esportes, outro para namorar, outro para festas, e assim por diante. Como isso não era possível, decidira abandonar o sonho de ser um empresário ou executivo bem-sucedido de uma multinacional para me tornar empregado de uma estatal.

Só que ainda assim as paredes da prisão virtual estavam me sufocando. Por mais que fizesse muito mais que meus colegas na hora do almoço, nas noites e no fim de semana, surfando, dançando, escalando, malhando e lutando, ainda era pouco para me tornar um cara muito bom em cada uma dessas coisas. 

Havia ainda as festas noturnas, as noites com as mulheres, a leitura de meus livros favoritos, a ida ao cinema, ao teatro, à exposição. Tinha meu amor recém-descoberto por viajar ao redor do mundo. E estava ressurgindo a vontade de rebuscar meus sonhos e aprender a tocar violão, navegar, saltar de pára-quedas, mergulhar e tantas outras coisas.

A jornada para concretizar todos esses sonhos em uma só vida, de forma sustentável, começa aqui.