quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Workshop de natural/direct no Rio de Janeiro -> 18, 19 e 20 de setembro [Relatos de um aluno - Parte 1]

Bem, vamos lá, eu sou um dos caras que participou do workshop no Rio.


Eu vou dar aqui o meu relato e digo já que foi uma das experiências mais incríveis que eu já tive na vida. Como um pouco de contexto, eu sempre fui meio “nice guy” e como vários caras assim, tinha várias dificuldades de relacionamento com pessoas em geral, principalmente mulheres.

Também sempre fui um tipo “meio durão”, que não fala muito de si e se expõe pouco (em termos de falar o que eu acho e/ou sinto). Sobre a minha experiência com PU, em Abril um amigo meu me mostrou o reality-show do Mistery e eu vi as duas temporadas. Achei aquele negócio interessante e intrigante, e resolvi pesquisar sobre o assunto. Nisso eu acabei vindo parar aqui. Eu também sou um cara muito interessado em auto-conhecimento, então já li muita coisa sobre o assunto também.

Provavelmente eu irei escrever pra caralho aqui (rs) e ainda assim faltarão muitos detalhes (sim, eu escrevo muito).

Em resumo, a programação (inicial) do workshop foi:

Sexta: Encontro no Mud Bug, Copacabana, de noite


Sábado: Seminário de tarde, noitada na Rio Scenarium de noite


Domingo: Encontro no shopping de tarde, saída de noite

O workshop, falando curto e grosso, era sobre aprender a pegar mulher. Entretanto, para mim foi uma coisa muito melhor do que isso. Eu não peguei ninguém (embora no primeiro dia eu quase consegui), mas no final isso para mim era uma coisa irrelevante. Tinha algo bem maior (na minha visão, pelo menos) por trás disso tudo, um aprendizado sobre mim mesmo, minhas crenças e convicções, que poderia ser aplicado em várias áreas (mais importantes) da minha vida, de maneira geral.

Vamos lá, tudo começou quando eu vi o anúncio do workshop feito pelo Mau. Eu já acompanhava o forum há alguns meses, e quando eu vi o anúncio (já tinha ouvido falar dos workshops daqui), vi que era uma chance de experimentar aquilo com algum tipo de orientação. Entretanto, fiquei muito tempo em hesitação, pois fiquei bastante desconfortável com a ideia de ter que enfrentar os “leões” que rugiam dentro de mim. Uma outra coisa que me deixou desconfortável também no início (menos que a outra coisa) foi a minha falta de referências (pessoais) sobre o CA. Era tudo muito legal, mas agora iria entrar o assunto grana e eu me perguntava: Será que esse negócio é sério? Posso confiar?

Então enrolei, enrolei (rs) e no (quase) último momento eu entrei em contato com o Mau para sondar qual era a da parada. Na verdade eu estava mais com receio de participar do que de a coisa não ser confiável. Troquei várias mensagens com ele, perguntei qual era a programação, etc, e então resolvi confiar em Deus e me inscrevi. “Vai dar tudo certo”, pensava eu. Isso tudo foi a uma semana do workshop (na sexta-feira anterior). Quando eu decidi que ia fazer, eu já estava com receio de não ter mais vagas disponíveis. Foi então que paguei e o Mau me confirmou que eu estava certo no workshop. Pensei então: “Agora eu vou, não tem mais volta :-)”. Senti um misto de alívio e ansiedade com aquela situação.

Passei a semana pensativo e ansioso pelo o que estava por vir. O Mau tinha me informado que o Dionisio iria entrar em contato para dar mais instruções sobre o workshop. Então eu fiquei aguardando. Mas os dias se passavam e eu não tive notícias. E aí, o que vai acontecer, pensava eu …

Eis que na quarta-feira, despretenciosamente (mentira, rs), eu abro a minha caixa de emails e vejo uma mensagem entitulada “Bem-vindo ao 1º Seminário de Natural and Direct Game no Rio de Janeiro!!!!”. Pronto, estava ali o que nós queríamos. Era então o Dionísio se apresentando, falando um pouco sobre ele a história dele, e dando um 'teaser' sobre como seria o workshop. Eu reparo que ele enviou o email com cópia para outras quatro pessoas, e na hora ficou batendo aquela curiosidade, “quem são esses caras? Qual é a história deles?”. Bem, isso (ou parte disso) eu viria a descobrir alguns dias depois. Em seu email, o Dionisio passou para mim uma impressão de ser uma pessoa com bastante energia e empolgação, o que era para mim uma coisa bem legal (e que eu viria a confirmar dias depois).

Nesse email ele adiantou onde nós iríamos no primeiro encontro. Nós iríamos nos encontrar na Lapa, mas por algum motivo o local mudou para o Mud Bug (o que para mim foi muito bom, não conhecia o lugar, achei muito bom, e eu não gosto muito da Lapa), às 21h.

Ele também passou dois exercícios de preparação para o workshop. Um deles consistia em um conjunto de 13 perguntas, perguntas que provocaram (em mim, pelo menos), momentos de grande reflexão. Eram perguntas sobre o que eu queria, minhas motivações para estar ali, minhas qualidades, etc. Ele colocou essas perguntas (e as respostas dele também) no blog dele, http://www.giacomodioniso.com/2009/09/capitao-gancho-como-conquistar-uma.html

Ele pediu que fizéssemos os exercícios e que nos apresentássemos por email para que todos se conhecessem um pouco. No início eu fiquei meio receoso sobre o que iria escrever. Eu não conhecia aquelas pessoas, mas já que eu estava lá mesmo, resolvi que iria escrever o que desse na minha telha. Escrevi pra cacete no exercício, expus várias questões da minha vida. Foi bem legal, porque eu não costumava fazer isso. Enviei para todos eles.

O outro exercício (que não era para ser enviado) era sobre “como associar emoções a estórias”. Em resumo, o exercício pedia que a pessoa listasse um conjunto de emoções que tivesse a ver com a vida dela, pelo menos umas dez. A seguir, falava para escrever (pelo menos) uma estória da vida da pessoa, que tivesse a ver com aquela emoção, detalhando o máximo possível o que a pessoa estava sentindo quando aquela estória ocorreu.

Segundo o exercício, o objetivo era “reindexar estórias no cérebro” porque “homens têm dificuldade em lembrar emoções, pois lembram-se de estórias baseados apenas nos fatos”. E aí, quando uma mulher falasse de uma estória com uma determinada emoção, o cara seria capaz de lembrar-se da emoção equivalente e então, emendar o assunto. Foi fazendo esse exercício que as coisas começaram a acontecer para mim. Eu sou um cara humilde, acho que humilde até demais, chegando ao ponto de não ter valorizado muitas de minhas conquistas.

Então teve uma estória em particular, da qual eu me lembrei, sobre a qual eu comecei a escrever. Era uma estória de superação, uma competição que eu ganhei. Eu comecei a lembrar-me dos acontecimentos e lembrei-me do que eu senti na hora. Comecei a sentir novamente. Nisso a emoção tomou conta de mim de maneira que eu não consigo descrever em palavras. Lágrimas corriam no meu rosto, era a panela de pressão das emoções guardadas que estava começando a chiar.

Eu estava começando a me surpreender com a quantidade de material (estórias) que tinha dentro de mim e sobre o qual eu não me dava conta, fato que o Dionisio durante o workshop fez questão de lembrar (várias vezes) a todos nós. Auto-ignorância realmente é uma bosta, rs. Eu ainda não consegui terminar o exercício, pois tem muita coisa para eu escrever ainda. Bem, foi nesse clima todo as coisas rolaram até a sexta-feira.

O Dionisio passou o celular dele para o pessoal no caso de existir alguma dúvida. Na sexta surgiu a primeira, como eu fazia pra chegar no Mud Bug, rs. Não conheço muito bem Copa. Foi então que eu liguei para o Dionisio e tive contato com ele pela primeira vez. Liguei para ele e me atende um sujeito de voz equilibradamente grave e com um tom meio desconfiado (rs). Era ele mesmo e então ele me orientou sobre como chegar lá.

Bem, cheguei lá atrasado depois de rodar por Copa (tinha achado um estacionamento fechado, mas depois de descobrir que poderia ter que pagar quase 30,00 se ficasse por lá, resolvi sair e parar na praia mesmo), eis que entro no local, e após procurá-los, eles me acham (rs, digamos que não é muito difícil de me achar, eu tinha falado mais ou menos como eu era). E lá estava eu com a galera curtindo. Devo confessar que no início eu achei muito estranha a ideia de estar num bar para começar a ter “aulas sobre como interagir com mulheres”. Coisas de condicionamento.

O Dionisio chamou para o bar três amigos dele, que já eram praticantes do PU, e deram um apoio para a gente. Foi bem legal conhecer os caras, e digo já que estar na companhia de pessoas com esse mindset (e já com prática) é uma coisa muito diferente. Eu não sei direito descrever em palavras isso, é uma energia diferente, uma coisa mais positiva e confiante contagiando o grupo. Achei legal porque dentre eles, eu descobri que tinha um “irmão-gêmeo” meu (hahaha).

Depois de um certo tempo, Dionisio interrompe o nosso blablabla e resolve propor uma gincana para começarmos as atividades: ele propõe que quem (de nós 3 alunos, um não pôde ir no dia) fizesse mais amigos ali no Mud, não iria pagar a conta, a conta seria paga pelos outros dois e por ele. Valia qualquer pessoa, homem, mulher, mulher feia, coroa, garçonete, segurança (rs). Eu e outros dois ficamos emudecidos por alguns instantes nos olhando com aquela cara, “caralho, e agora??”, e então aceitamos o desafio. Começamos a andar pelo bar, e aí foi legal que os amigos do Dionisio meio que se dividiram para nos acompanhar.

Eu estava meio apreensivo para abordar as pessoas, eu não tinha costume de fazer isso. Para me facilitar um pouco, meu irmão-gêmeo (rs) ficou andando comigo e isso já era um meio-pretexto para iniciar as conversas. Muitas vezes ele chegou no grupo para conversar, e logo em seguida eu entrava na conversa. Quando isso aconteceu, era fácil para mim manter a conversa. E era muito estranho ver a 20 cm da minha frente alguém usar algumas daquelas coisas do Mistery (rs). Eu ali era uma mistura de espectador e de participante. Como eu já tinha lido várias coisas sobre o assunto, eu ficava observando as reações das pessoas envolvidas, o jeito de falar, de se portar, etc. Era um bom aprendizado também.

Ficamos fazendo isso durante algum tempo, e eu mesmo só devo ter chegado em uns dois ou três grupos.

Depois de um tempo, meu irmão-gêmeo foi embora e passei a andar sozinho no bar. Eis que avisto o Dionisio conversando com uma morena. Como eu estava tentando praticar, fui lá ver qual era a da situação. Ela estava sentada num banco alto e apoiada numa mesa, e o Dionisio estava de pé na frente dela. Cheguei nos dois e comecei a conversar com eles. Pa pa pa.

Nisso eu vejo sutilmente que o Dionisio já estava com a mão na perna da garota (boa, garoto! rs), e então eu percebi que algo estava rolando ali. Nisso chega uma garota e senta no banco do lado, na mesma mesa, quase em frente a mim. Ela fica meio que olhando pro lado, pro teto, com cara de “Ai meu Deus, o que eu estou fazendo aqui”. Então eu chego para a garota do Dionisio e pergunto se a outra era amiga dela. Ela diz que sim, então eu falei pra ela me apresentar. Aí ela me apresenta, começamos a conversar. A conversa no início tava meio devagar, mais depois engrenou. Nisso o Dionisio já estava “finalizando o serviço” (rs).

Enfim, eu comecei a conversar com a garota para praticar mesmo. Só que a garota era bonita, e o papo dela era legal, e aí eu comecei a ficar interessado. E aí eu comecei a ficar um pouco nervoso. A conversa (boa) foi rolando durante muito tempo, no final eu tentei ficar com ela mas não rolou. Em alguns momentos eu não sabia direito se eu devia ou não simplesmente beijá-la, porque em vários momentos eu estava conversando com ela a uma distância de 2 dedos. Hehe, o Dionisio percebeu e em alguns momentos fazia movimentos de cabeça indicando pra eu partir para o close. Mas eu fiquei um pouco travado e não consegui fazer isso, mas tudo tranquilo, isso foi um aprendizado.

Depois disso nós todos ficamos batendo papo mesmo, já estava meio “tarde”, nós saímos de lá devia ser quase 4h da manhã. Fomos comer um pão de queijo (grandes, comi uns dois, rs) e depois fui para casa, descansar, pois deveria estar no centro da cidade às 13h para o seminário.

Esse foi um resumo do primeiro dia, o qual eu curti bastante.

Continua ...

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