sábado, 4 de outubro de 2008

E quando ela acha que você está fazendo um interrogatório?


Jasão disse...
Adorei as perguntas. São exelentes para se levar uma conversa irreverente e quebrar aquele clima beta de ficar conversando sobre trabalho e outras chatices que arrefecem qualquer possibilidade de algo mais interessante acontecer.
Eu costumo usar perguntas assim tb, o único problema é que às vezes as HB´s começam a estranhar e indagam: "Nossa! Mas por que tanta pergunta???"
Aí eu fico meio sem jeito, normalmente eu repondo "- É que eu preciso saber se vc faz o meu tipo". Só que muitas vezes esse ainda náo é o momento pra se mandar isso, aí o negócia desanda.
COMO VC LIDA COM ESSE ENTRAVE?

Abçs!


Jasão é meu amigo, começando na PU há cerca de um ano, e já percebi sensíveis melhoras no seu "jogo". Portanto, respondo-lhe na qualidade de um amigo.
Que bom que gostou, Jasiones. Isto me inspira a continuar com mais energia, sabendo que estou podendo trocar idéias com amigos dedicados como você.

JAsiones, a pergunta aberta faz parte de uma estrutura que se compõe de "abertura- pergunta aberta-vácuo-resposta-recompensa-relato-novo ciclo-escalar/kino".

Em suma, você jamais inunda a pessoa com perguntas. Faz uma pergunta, gera vácuo, ela responde, você recompensa com um comentário e relaciona a alguma emoção de sua própria vida. Então, ela pode comentar, associando a algo (e aí você não precisa fazer a pergunta aberta, pois o papo flui) ou, se ela não responder, você emenda com outra questão aberta e vácuo, garantindo o ciclo. Nunca tive problemas de uma mulher reclamar q eu pergunto demais, porque ela fala bastante e eu também. Encare a pergunta como um recurso para gerar vácuo e obter mais comprometimento, sempre e apenas se necessário. Se a HB comenta e você também, se relacionando um à emoção do que o outro diz, não é preciso, necessariamente, fazer um novo vácuo, naquele momento. MAs você deve estar preparado para fazer perguntas abertas interessantes relacionados a algo que queira e tenha algo a dizer. NUnca use as perguntas abertas de forma mecÂnica ou em avalanche. E tenha a resposta divertida para todas as perguntas que fizer, quando ela não responder, e mesmo depois que ela responder. A interação é em duas vias, sempre. Um jogo de tênis.

Acho que não ressaltei suficientemente um ponto no meu post sobre "Giacomo´s Vacuum". Como o próprio nome diz, as perguntas são uma espécie de criadores de vacuum, com o propósito de gerar e manter o comprometimento da pessoa na conversa, criando interações balanceadas onde ambos fazem investimentos e são recompensados pelo esforço.

Vamos mais amíude aqui. Ontem eu estana numa festa de 15 anos e me expressei de forma "carismática" com todos. Parentes, criança, coroas, amigos, todos. Tudo o que eu fazia era cumprimentar ou comentar algo para começar a conversa, e em seguida fazer uma pergunta aberta e esperar pela resposta, placidamente, olhando para as pessoas.

E o engraçado é que isso funcionou para todos. Um "como você está?", dito da forma certa, fixando os olhos na pessoa, congelando a linguagem corporal e aguardando a resposta com curiosidade faz maravilhas. Tentei isso com crianças pequenas, entre 7 e 15 anos, e deu certo. Só não tive respostas significativas de crianças de cerca de 3 a 5 anos, por motivos óbvios. Ou seja, esse é um jeito universal de interagir.

Um passo além. Ok, fiz uma pergunta aberta, criando um vacuum. Em seguida, a HB responde alguma coisa. A habilidade a se desenvolver aqui é aprender a aproveitar QUALQUER resposta que a pessoa dá, seja ela "boa" ou "ruim". A resposta do outro é a matéria-prima fundamental da PU. É o metal bruto com o qual o alquimista faz ouro a partir de sua química especial, o carisma. O PUA é o alquimista da conversa. Transforma pedras em ouro.

COmo é isso? Uma vez que a pessoa tenha dado uma resposta, a recompense e relacione uma emoção da resposta com uma emoção similar que você sentiu em sua vida, ou alguma idéia que lhe ocorrer no momento. Aqui o importante é seguir o fluxo da conversa, estar no AQUI e AGORA, "dançar no momento", como diz meu amigo Milord.

Essa interação ocorreu num guichê de atendimento...

Enquanto sou atendido, faço um comentário situacional sobre o tempo (o abridor pode ser qualquer coisa,até algo manjado e sem graça como isso)...

"puxa, tô achando o tempo esquisito hoje. Odeio quando não consigo adivinhar como será o tempo em seguida. Não posso fazer planos..."


Aqui, estou me comunicando em primeira pessoa, usando a minha própria perspectiva, e não a impessoal ("God perspective"). Estou expressando emoções e opiniões pessoais sobre o tempo.

Em seguida, emendo com uma questão aberta para gerar comprometimento dela com a conversa:
"Se pudesse apostar, como você acha que estaria o tempo no fim de semana?"
Essa é uma pergunta aberta, mas ainda numa vibe platônica, não estou ainda acessando suas emoções".

"Ah, não sei. Acho que vai chover".

Muito pouco, eu sei. Como recompensar? A regra é recompensar o esforço. Digo:

"Uau, você está melhor que muito meteorologista... se você acertar, vou sempre me fiar nas suas previsões de fim de semana... eu não tô ligando se chover, porque este fim de semana vou ficar com a família, algo que adoro, e depois votar."


Neste momento, estou falando em primeira pessoa, e expressando algo de mim e das minhas emoções para ela. Uma vez que dei o exemplo e tomei a iniciativa, posso esperar pelo comprometimento dela, então emendo com outro vácuo:

"E qual a sua programação favorita para o fim de semana?"

Ela responde:
Com essa chuva acho que vou ficar dormindo


E aí fui para uma vibe pessoal, e o papo continua... Recompenso o esforço com um..
"uau! você sabe curtir uma preguiça", ou algo assim, e depois relaciono com uma emoção relacionada à preguiça ou a fim de semana...
"eu também adoro dormir... Ontem fui pra farra e acordei depois das três da tarde...E fiquei chateado de perder a praia..."

E assim o papo flui...

2 comentários:

sHanx disse...

salve já-como!
gostei da metafora do alquimista.
continue escrevendo... seu blog anda mto animador

abraços, e bons saques, pirata.

Anônimo disse...

WTF??? esse rosa sabe sobre oq eh esse blog??:S

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