Venus e Atena
Entre o tsunami e o furacão, o dilema!
Demônio-mulher ou anjo-menina?
Desfruto Vênus ou sorvo Atena?
Escolhi todas, fim do enigma!
Deflorarei vosso corpo de moças
Morando no harém do vosso prazer
Beijando ardente do pé ao pescoço
E entre vossas coxas me intrometer
Adoráveis sedutoras, de que me acusais?
Cafajeste, não resistir às beldades!
Sou devoto de Baco e seus Bacanais
Deleito no leito até a saciedade.
No amar, como o mar, há naufrágios
Mas no peito a despeito da sua dor
E da prevenção dos maus presságios
Prometeu traz a chama de sedutor
Essa comédia romântica nunca tem fim...
Sofro tanto de amores quanto causo dores!
Matam-me com doces balas de festim!
Mas como recusar-te, Vênus, o sim?
Se morro de amores, a mim levas flores!
E renasço das cinzas, qual arlequim!
Giacomo Girolamo
