
Comecei na segunda-feira. De lá para cá, acho que fiz umas 10 interações, e vou extrair o sumo delas, com o que achei mais pitoresco. O que mais me espantou é que gente é divertido, podemos aprender várias coisas legais de todo tipo de pessoa, e conhecer pessoas muito interessantes. Me ocorreu também que um pua carismático tem que aprender a gostar de gente, a se interessar por gente, e isso não é tão difícil, porque cada pessoa é um mundo. Gosto de uma frase do meu xará Ralph Waldo Emerson que diz: todo mundo que encontro é superior a mim em alguma coisa, e é nesta coisa em particular que aprendo dele.
Lá vamos nós....
Na hora do almoço, peguei o metrô e puxei assunto com umas adolescentes sentadas esperando, perguntando se estavam há muito tempo ali esperando... elas disseram que não e não deram muita trela, até porque o metrô chegou logo.
Em seguida, sentei ao lado de um senhor e começamos a papear sobre algum assunto ligado ao metrô, que não lembro mais muito bem. Simpático senhor.
Conheci também, no metrô, uma bela morena com um lindo corpo que morava na Zona Norte e que ia resolver uns problemas em Botafogo. Ela estava de pé quando meu novo amigo tinha embora e sentou no lugar vago. Eu sorri e disse: que sorte você deu... e começamos a papear.
No dia seguinte, comprei uns quadros numa loja especializada em Copa e fiquei papeando com a vendedora. Ela foimuto solícita, e ao final me contou que trabalhava com Adm de RH, e eu falei um pouco do que gostava de fazer, de escalar, surfar, estas coisas. Levei um bom tempo para escolher os quadros e ela me deu ótimas dicas, no final me deu um desconto e a chamei pra ir ver os quadros no meu apê. ELa me bateu, rindo, e disse que para homens era tudo mais fácil, que era casada e não rolava. Ainda tentei pegar o telefone para um chopp, mas ela desconversou. Boa vendedora.
Conheci uma senhora no metrô que achei vestida como uma hippie, mas era simpática, sentamos ambos no assento preferencial, e prometemos que levantaríamos se alguém precisasse. Elogiei a bolsa de rendas dela, ela sorriu e agradeceu. Era filósofa e cuidava do projeto tribos cariocas na batida da paz, site triboscariocas.org.br. Além de coordenar uma ONG, era filósofa, ia ver a neta no GRajaú, promovia debates e eventos entre o pessoal acadêmico da uFRJ e os artistas de rua e do morro. QUe legal!
Conheci um senhor no ônibus e papeamos sobre como o Aterro do Flamengo fica feio de dia e sujo, cheio de mendigos e pivetes nas praças, e como fica tão belo iluminado à noite. Comentei da Lapa, que se transformava com o glamour noturno, será que é porque as pessoas já estavam chapadas?
Comecei a perceber que quando falamos com as pessoas desta forma, na rua, em qualquer lugar, começamos a ficar mais "naturais!; daí para a transição para a escalada romântica ou sexual, depende só de nosso interesse e das pérolas que aprendemos a reconhecer nas pessoas.
Um artista carismático é um garimpeiro de valor, sabe extrair ouro das pedras. Fazer as pessoas ficarem à vontade para expressar seu valor, para se qualificarem naturalmente, reconhecer este valor e premiá-lo com escalada e interesse platônico, romântico ou sexual: esta é a arte carismática.
Um comentário:
Ano passado eu fiz esse teste de campo, falando com quem estivesse mais próximo ou encontrasse algo em comum. Tive resultados positivos, me senti mais confiante e mais "desenrolado" :D
O negativo era que quando essas mesmas pessoas me encontravam na rua falavam comigo e eu passava horas tentando lembrar o nome e de onde eu conhecia! (hahaha)
No Rio de Janeiro é bem mais difícil de isso acontecer :P
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