
Resolvi sair hoje e fazer meu primeiro dia da missão 2. Foi fácil. Saí pra passear na praia, cumprimentei coroas na rua, fiz comentários com transeuntes e banhistas sobre o que vinha à cabeça: o feriado com sol, a praia vazia, acho que é porque muita gente viajou, comentando sobre a menina passeando com o cachorro enorme, quem é que estava curtindo mais?
Mais importante que começar as interações, desta vez, foi testar o pensar alto, a perspectiva do "eu", e outras técnicas do Juggler. Parece uma grande bobagem, mas o fato é que ter autoconfiança para pensar alto, expressar opiniões de forma autêntica e "colocar o meu na reta" são as atitudes mais importantes. Perifraseando Luís XIV, o famoso Rei Sol, a PU sou eu. É da minha vida, dos meus pensamentos e emoções, da minha perspectiva única de ver o mundo é que extraio a PU. Mais do falar coisas interessantes para me qualificar, a idéia é acreditar, antes de tudo, que tenho o que dizer, que meus pensamentos, emoções e idéias têm um valor único e que posso expressá-las livremente. Essa atitude autêntica e autoconfiante é contagiosa, e a chave para que a outra pessoa na interação também queira se abrir. É aí que o negócio começa a esquentar.
Alguns outros comentários sobre o dia de hoje. Uma técnica para o jiu-jutsu conversacional: além dos ganchos da própria situação e do foco onde está a pessoa, uma outra fonte é a intromissão. Ser elegantemente intrometido numa conversa alheia, de um grupo, e emitir opiniões mesmo quando não se é chamado também pode ser uma forma ótima de começar uma interação. Ainda mais se for feito com graça e sutileza, e não de forma grosseira.
Vou traduzir a missão da semana 2 para os que têm dificuldade com Português e falar um pouco mais sobre a perspectiva do "eu" nos próximos posts. Em resumo, significa simplesmente começar as sentenças com o que'eu' penso, sinto, imagino sobre algo, e não usar a perspectiva do "você" ou "eles" ou "todos" ou "ninguém".
É não tentar falar pelo outro, como se faz quando se usa a perspectiva do "você" sente, como se quisesse arrogantemente adivinhar o que o outro pensa e sente: "você não acha que o dia está lindo?" ou "você sabe que ninguém é de ferro" ou "já imaginou quando isso tudo for diferente? Você não vai querer fazer outra coisa". Quando alguém diz isso, dá vontade de responder: Isso é o que você acha! Se você acha que sabe o que penso, então não preciso falar mais nada... Um monólogo, é do que se trata.
Ao invés, eu posso falar apenas em meu próprio nome, usando a perspectiva do "eu" para expressar minha visão única e singular de mundo, afinal ninguém mais vê o mundo exatamente como eu: "Me sinto feliz porque acho que o dia está especialmente lindo hoje ", e "eu não sou de ferro" ou "estou com um terrível mau humor".
Outro erro muito comum é usar a perspectiva de Deus, como se soubéssemos de tudo, e não houvesse mais outra opinião no mundo melhor que a nossa: ,
"Copacabana é lindo", "todas as pessoas são falsas", "todo mundo é assim", "o mundo é um lugar difícil de se viver". Penso que pode ser presunçoso falar verdades universais. Além do mais, quando falo como Deus, porque preciso ouvir outras opiniões? Essa atitude pode inibir a expressão autêntica das outras pessoas.
Preciso ir dormir agora, virei abóbora e amanhã acordo cedo pra estudar. Mas se não registrasse isso agora, as idéias se desvaneceriam para não voltarem mais. Voìla.
2 comentários:
Gostei dessa! :D
Faltam 4 dias da outra, vou tirar direto com essa já... terça-feira começo!
Só não entendi a da abóbora! o.O
po cara.. isso eh muito importante mesmo. estava lendo sobre pnl e expressar SUAS opinioes eh muito importante mesmo, e qunado expressa-las, deixar bem claro q aquilo eh oq vc pensa. eh muito mais original dessa forma! :)
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